Alerta para leptospirose

Em Salvador, foram registradas duas mortes. O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) do município notificou, de janeiro até a 19 de abril, 49 casos de leptospirose. No mesmo período do ano passado, foram 29.

O crescimento das ocorrências alerta para o grave problema vivido, principalmente, pela população dos bairros periféricos de Salvador, exposta à incidência de doenças infecciosas.

É no subúrbio ferroviário onde se concentram maior parte dos ratos. Dos 49 casos de leptospirose registrados pelo Centro de Controle de Zoonoses, 17 foram na região. A estatística está diretamente ligada às péssimas condições de saneamento básico de toda região.

As praias também são moradia dos indesejáveis ratos. Restos de alimentos jogados na areia servem como isca para os roedores. Na Praia da Boa Viagem, uma das praias mais freqüentadas por moradores da Cidade Baixa, vendedores confirmam o perigo. “A limpeza só é feita pela manhã. A noite, os ratos passeiam por tudo aqui, eles moram por aqui”, conta a vendedora de acarajé, Alzira Silva, 42.

A transmissão da leptospirose se dá através da água contaminada com urina do rato, principalmente após períodos de chuva forte, quando os canais transbordam e a população entra em contato com a água suja. A leptospyra, bactéria presente na urina do rato, penetra no organismo através da pele. Os principais sintomas são: Dores no corpo; dores de cabeça; dor na panturrilha, febre e icterícia.

No período chuvoso, as ações mais recomendadas são as preventivas, através de campanhas educativas junto à população e limpeza dos canais, que é realizada pela Limpurb.

Todos somos responsáveis pela manutenção da limpeza em nossos bairros, devendo evitar jogar lixo em lugares impróprios; manter caixas d’água, ralos e vasos sanitários tampados, evitando possível contaminação por ratos; eliminar excrementos dos ratos; certifique-se de que o lixo permaneça em recipientes tampados, e nunca jogue comida no quintal para outros animais. Faça a sua parte!!