terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Deixem que digam, que pensem, que falem...

Por que nos importamos tanto com a opinião do outro, mesmo que seja de um desconhecido? Porque simplesmente não levamos a vida como diz a canção “Deixem que digam, que pensem, que falem. Deixa isso pra lá. Vem pra cá, o que é que tem?”, composta por Edson Menezes e Alberto Paz, que tornou-se conhecida na voz do cantor Jair Rodrigues. Mas tudo isso parece impossível para a maioria dos humanos, já que nos relacionamos diariamente com pessoas que sempre emitem alguma opinião ao seu respeito, mesmo que seja apenas com um olhar.

Quantas vezes você pegou o caminho errado e quando se deu conta disso, para não pagar um ‘mico’, continuou a andar para fazer o retorno na próxima rua ou simplesmente apelou para a alegação tradicional (- Porra! Esqueci que tenho que passar ali). Mas pra que tudo isso se temos a opção de voltar sem dar quaisquer explicações e sem se preocupar com a reação das pessoas a nossa volta?

Na escolha da roupa como em tantas outras situações não diferente. Além de um dos critérios fundamentais para a maioria das pessoas, que é se sentir bem com a vestimenta, também vem atrelado o questionamento: Quando as pessoas me virem vestida assim o que vão pensar a meu respeito? Que sou uma executiva, uma patricinha, a revolucionária ou pior ainda uma ‘piriguete’? rsrs...

Por que em nosso país os homens não podem andar de mãos dadas? Porque logo chamariam a atenção e seriam chamados de gays. Se um homem e uma mulher estão passando muito tempo junto, todos logo comentam que estão tendo um caso. Não existe mais a sincera amizade entre pessoas de sexos opostos?

As situações são as mais diversas, mas o paradigma que vivemos diariamente não muda, continuam vivendo em função dos outros, pois a opinião destes indivíduos nos vale muito, refletindo a nossa aceitabilidade em determinado grupo ou na conquista de um emprego. Apesar de algumas decisões entrarem em conflito com os nossos reais desejos, não acho que se preocupar com a opinião de quem nos rodeia seja de todo ruim, afinal a nossa essência é sempre mantida, nunca fugimos do que somos e sempre buscamos meios de nos mostrar fielmente.

Um comentário:

Marques disse...

Sempre pensamos no que os outros pensam de nós. Essa semana peguei um ônibus errado em Salvador, para o bairro Itinga. Eu estava vestida um pouco diferente das demais pessoas, me senti um peixe fora d'agua. Mesmo sabendo que estava no ônibus errado, fiquei com vergonha de perguntar e segui viajem, quando realmente tive certeza que estava errada desci do ônibus como se estivesse chegado ao meu destino de origem e peguei outro ônibus. Isso é prova de como nos importamos com que os outros pensam "não tive coragem de perguntar para alguém onde estava indo". Sou patetica!

 
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