segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Profissão risco


Ufa! Passei por mais uma das difíceis atividades que a pofissão me exige. Desde que findou o contrato da jornalista Larissa Souza, (tá ficando famosa heim?!Segunda vez que a cito por aqui,rs), assumi o serviço que a ela era designado. Todas as manhãs fazer a ronda policial, indo ao Hospital Geral de Camaçari e a Delegacia do município, parece simples né?!Mas não é bem assim na prática.


Sempre buscamos as noticias de relevância e nós (jornalistas) não negamos que muitas vezes ficamos anciosos para que a polícia desenvolva uma grande ação, prendendo um traficante, um homicida, um estuprador entre tantos outros, mas tudo complica na hora que ficamos frente a frente com o infrator da lei. Na manhã da última sexta-feira (15), fiquei tensa ao ir até a delegacia tirar foto de um homem que abusou de uma criança, mas o medo/nervoso ou sei lá o que, não foi por causa desta criatura e sim por outro que também fotografei no inicio desta semana, ao ser detido por tráfico de drogas, porte ilegal de arma e um homicidio cometido em 2007.

Na sexta-feira assim como na segunda-feira (quando o fotografei), ele ficou me olhando fixamente, como se queizesse gravar as minha feições. Não vou mentir para vocês que até tremi um pouco, tanto que tirei rapidamente a foto do acusado de abuso sexual e sai da sala. A exposição é um risco eminente a profissão que escolhi, ao fazer estes tipos de matérias ficamos totalmente expostos. Sabemos que em breve estes autores de delitos podem estar nas ruas da cidade e nos encontrar. Mesmo que não queiram se vingar de alguma forma por termos exposto de certa forma a sua vida, nos causa receio estar no mesmo ambiente, criando logo o desejo de sair do local.


Imagem/ilustração - Juca Kfouri

4 comentários:

Claudia Magnólia disse...

Rapaz, nem me fale. Tb morria de medo de tirar foto de bandido. E, cá entre nós, essa nem é função nossa, afinal, não somos fotojornalistas...mas, enfim, como temos que nos virar, não há muita opção mesmo.

Lembro de uma vez que fui tirar foto de um traficante e quando vi era um vizinho meu. Pire?! Outra de um cara que sempre passava lá na rua e sabia onde eu morava. Deus é mais. O máximo que eu fazia era não assinar a foto.Mas a verdade é que nunca estamos salvos. Na próxima encarnação, não quero ser jornalista mais não! rsrsrss...

Anônimo disse...

Não vou mentir para vocês, achava tudo muito emocionante! Adorava contar para minhas amigas como foi a história, o que o cara tinha feito, como foi para tirar as fotos e blá blá blá.

Sempre conversava com um outro coleguinha sobre esse risco que corremos, afinal, tiramos fotos em um dia e no dia seguinte o cara já está solto.

Ninguém nunca me ameaçou ou olhou de cara feia mas lembro bem o dia que um cigano amaeçou Barretinho de morte. Nesse dia eu fiquei tensa! A gente até preferiu não colocar a foto no jornal.

Atualize a prosa. disse...

Minha amiga e colega de profissão, estamos juntos nessa situação. A única deiferena é que cubro o Hospital Geral do Estado (HGE), pense, e faço ronda em meio mundo de Delegacia aqui em Salvador. Agora estou fazendo matérias especiais também, só pauta "relax"... Prostituição (saio às madrugadas pra entrevistar "profissionais do sexo"), crack (tb nas madrugadas, além de clínicas, usuários, especialista), violência contra mulher, tráfico de drogas... só coisa boba. Mas é isso mesmo - fomos avisados - mas fazer oq se fazemos o que gostamos. Bju, sucesso e saudade.

Marques disse...

É amiga não é uma situação muito facil. Mas quando me coloco numa situação como esse prefiro acreditar que nada de mal irá me acontecer, ou se acontecer, é simplestemnte porque sou uma cidadã como qualquer outra que anda na rua como uma pessoa normal. Espero que não acontece nada.

 
;